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domingo, 6 de fevereiro de 2011

AS VIAGENS DE AVIÃO
E O MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA

Como dizia Marx, o Sistema Capitalista, origina interesses de classe antagónicos.
Nos seus limites, estão de um lado os opressores e no oposto, os oprimidos.
Vem isto a propósito dos simbolismos que encerra a diferenciação das mordomias, que numa viagem de avião são proporcionadas a cada passageiro, consoante a classe social a que pertence e no fundo, são reflexo das relações de produção, do modo de produção capitalista.
A diferença de tratamento a que cada classe social é sujeita, reflexo óbvio da sua capacidade financeira, transforma estes conceitos num dos melhores paradigmas para se avaliar os extremo a que são levados a diferenciação da escala de valores sociais, nesta sociedade tendo como termo de comparação uma actividade igual, que no fundo é uma simples viagem.
Consideramos fora destas considerações os voos nos aviões de jacto particulares, da alta burguesia, que chegam a custar mais de 500 milhões de dólares, com os seus conhecidos e indescritíveis luxos, e de que esquematicamente lhes mostramos um exemplo típico
AQUI.
Temos igualmente que considerar fora de questão, neste caso, a esmagadora maioria das classes proletárias para quem as viagens de avião são impraticáveis, devido ao seu elevado preço.
Falemos então das restantes classes, que viajam de avião.
A esses, as companhias encarregam-se de lhes lembrar que no avião, as capacidades financeiras de cada passageiro são estigmatizadas nas classes e serviços, que reservam para cada uma delas.
O estatuto de cada passageiro dentro de um avião, revela claramente a classe a que pertence e por reflexo a sua capacidade financeira.
É a mais expedita demonstração dos limites a que as na presente sociedade, são levadas as diferenças de classe social.
Numa pequena superfície de dezenas de metros, ao mesmo tempo que uma esmagadora maioria de passageiros terão direito á alimentação estandardizada dos "Caterings" aéreos que fornecem cozinha industrial, poucos metros adiante está a ser servida cozinha requintada, feita por grandes chefes de cozinha internacionais.
Num lado servem-se as vulgaríssimas bebidas e refrigerantes e metros adiante, uísques escoceses velhos, coquetéis, licores e os melhores vinhos e champanhes franceses, aconselhados pelos comissários, que se encarregam de dar informações sobre castas e safras, com a mesma competência de um maître, podendo em certos casos passar por marcas requintadas, ao gosto de cada passageiro.

Os comissários levam mais tempo para servir vinte passageiros nas primeiras classes, do que 300 nas classes económicas.
Se de um lado, o passageiro encosta a cabeça ao lado, para passar “p’las brasas” , metros adiante, em estofos reclináveis até 180º, cobertores aquecidos, ou mesmo uma suite com cama de casal, dar-lhe-ão um sono repousado, climatizado com iluminação e música a gosto.
Num lado, pode ler-se um ou outro jornal ou revista.
No outro, a pequena distância, tem direito a uma televisão individual de imensas polegadas, uma panóplia de filmes que nem em cem anos de viagem conseguia ver, duche durante a viagem, espaço especial para computador pessoal, aperitivos variados, música ambiente e a disposição dos comissários ou das “elegantérrimas” hospedeiras de bordo, para satisfazer os seus naturais caprichos.
Para alem de tudo isto que é proporcionado durante a viagem, reservam-se cuidados especiais ás bagagens, esperas confortáveis em salas especiais e o tratamento VIP passa igualmente por ter quem lhe faça todos os procedimentos burocráticos e o “mais” que a imaginação destas elites possa exigir, para amenizar a chatice de um espaço confinado, durante algumas horas.
De tão habitual, nem consciencializamos esta anti-natural diferenciação.
O problema algumas vezes, é que o dinheiro não serve de pára-quedas quando a coisa dá para o torto!!!
É com imagens, capazes de girarem 360º em qualquer sentido, clicando no botão esquerdo do rato a comandar o movimento que lhe interessar, no interior de um avião da QANTAS, que lhe demonstramos os critérios utilizados para rentabilizar um voo, dividem os seus passageiros, catalogando-os nas diferentes classes sociais, que lhe servimos como exemplo
AQUI .

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