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quinta-feira, 22 de abril de 2010

25 DE ABRIL

OS NOSSOS SONHOS PERDIDOS

As imagens e o texto deste “power point” reflectem uma realidade que se dilata diariamente, neste desgraçado país, onde o flagelo do desemprego contrasta com os obscenos prémios e ordenados dos gestores e lucros das grandes empresas e bancos.
Apelo a uma profunda reflexão, deixando correr a apresentação ao som da canção de Nana Mouskouri, que sintetiza a grande diferença, entre o que é a solidariedade fraterna e a humilhante caridade.



NESTE LINK


25 DE ABRIL


Aproxima-se o 25 de Abril, data mágica para nos recordar quantos sonhos tivemos, de ver por fim a Liberdade conquistada, ser o motor da construção de um país novo.
O que se pode verificar hoje, é que essa liberdade foi transformada no veículo que transportou todos os oportunistas que se serviram, para adulterar essa inesquecível viagem ao futuro.
Passo a passo conseguiram envenenar consciências.
O prestígio enganador de algumas das principais figuras de então, apoiadas pelo peso de uma tradição conservadora, manipulada pela Igreja e pelos serventuários dos americanos, corporizou a contra revolução, cujas consequências são hoje de uma evidência cruel e indesmentível.
Ainda há poucos dias, ficámos perplexos, ao ouvir o General Eanes principal responsável militar pelo 25 de Novembro, confessar que os seus sonhos, se transformaram numa frustração, ao ver a situação dramática em que Portugal se encontra.
Só falta ver Mário Soares, aproveitar a vinda do papa, para lhe confessar que agora já se pode saber que não é republicano, muito menos democrata, e que no que se refere á religião está na altura de ir professar para o convento da Cartuxa em Évora.
Agora já se percebe, clara e objectivamente, que a classe dirigente deste país, é filha de aqueles pseudo-revolucionários e infiltrados nos partidos, que foram paulatinamente entregando os postos chaves a gente da sua confiança e transformaram o governo deste país no refúgio de uma cáfila de incompetentes, oportunistas, ou mafiosos.
Só a certeza de que mais cedo do que tarde essa evidência, dará força às massas populares para imporem uma solução mais justa e adequada aos seus interesses e porá um ponto final á exploração a que o povo português tem sido sujeito.
Um novo 25 de Abril surgirá, com a capacidade de resistência que só a experiência pode dar e que há-de nascer de todas estas dificuldades, com que os portugueses estão a ser defrontados.
A lição da traição ao 25 de Abril, será a memória que levará então ao


25 DE ABRIL SEMPRE






















quarta-feira, 21 de abril de 2010

IMAGENS DO MUNDO

MAIS UMA VIAGEM VIRTUAL

Magníficas imagens de múlpiplas partes deste mundo, que está a tratar tão mal a Natureza






PELA PRISÃO

DOS

ASSASSINOS
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DE
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SILVIA SUPPO
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Assassinada dia 29/3/2010 em sua loja no centro da cidade de Rafaela (Província de Santa Fé), era activista de movimentos em defesa dos Direitos Humanos e ex-presa política, sequestrada e torturada em 1977, quando tinha então 17 anos,
Testemunha chave no processo « Causa Brusa », que em Dezembro último condenou o ex-juiz federal Victor Brusa e vários torturadores por crime de lesa humanidade, deporia ainda no processo relativo ao sequestro de Reynaldo Hattemer, seu companheiro à época e um dos 30.000 desaparecidos durante a ditadura argentina.


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terça-feira, 20 de abril de 2010

LISBOA ANTIGA

NÃO TÃO ANTIGA COMO O TEXTO QUE SE SEGUE DO ABADE DE TRANCOSO





O PRIOR DO TRANCOSO

SENTENÇA PROFERIDA EM 1487 NO PROCESSO
CONTRA O PRIOR DE TRANCOSO

(Autos arquivados na Torre do Tombo, armário 5, maço 7)

"Padre Francisco da Costa, prior de Trancoso, de idade de sessenta e dois anos, será degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas públicas nos rabos dos cavalos, esquartejado o seu corpo e postos os quartos, cabeça e mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi arguido e que ele mesmo não contrariou, sendo acusado de ter dormido com vinte e nove afilhadas e tendo delas noventa e sete filhas e trinta e sete filhos; de cinco irmãs teve dezoito filhas; de nove comadres trinta e oito filhos e dezoito filhas; de sete amas teve vinte e nove filhos e cinco filhas; de duas escravas teve vinte e um filhos e sete filhas; dormiu com uma tia, chamada Ana da Cunha, de quem teve três filhas, da própria mãe teve dois filhos. Total: duzentos e noventa e nove, sendo duzentos e catorze do sexo feminino e oitenta e cinco do sexo masculino, tendo concebido em cinquenta e três mulheres".

CONCLUSÃO DO CASO


"El-Rei D. João II lhe perdoou a morte e o mandou por em liberdade aos dezassete dias do mês de Março de 1487, com o fundamento de ajudar a povoar aquela região da Beira Alta, tão despovoada ao tempo e guardar no Real Arquivo esta sentença, devassa e mais papéis que formaram o processo".

segunda-feira, 19 de abril de 2010


ESTE POWER POINT, É O APERITIVO PARA O TEXTO QUE SE SEGUE


JOSÉ SÓCRATES

A MINHA CONSTANTE VERGONHA

O problema que José Sócrates constitui, para a concepção que temos do que deveria ser a vida política, faz sentir-me muito perturbado, pelo facto dos portugueses, meus compatriotas, continuarem a aceitar que um desavergonhado como este, continue a ser o primeiro-ministro do meu país.
Vejo com imensa preocupação, gente que teoricamente devia ser muito responsável, ter no que respeita a governação do país, um noção de dissimulada integridade, cobrirem e desculparem as golpadas que uma corja de espertalhufos que se apoderou da máquina governativa, vai praticando, colaborarem ou assistirem com imensa complacência, às maiores trafulhices, que essa corja está a levar a cabo.
E que dizer do seu chefe?
E dos outros responsáveis???
Será possível que um Procurador-Geral da República, em consciência, poderá e deverá ultrapassar a noção de defesa do interesse público, só porque na leitura enviesada que faz da Lei, alçapão da interpretação formal, é mais importante que a objectividade da acção criminosa?
Será possível, que a entidade jurídica suprema, suporte o peso de consciência, que uma interpretação legal da sua responsabilidade, permita um criminoso ser despenalizado de um crime que cometeu, só porque a Lei, tem leituras que permitem escapatórias e o rigor de interpretação jurídica, não dá alternativa a corrigir esse erro, devido exclusivamente ao cargo que o potencial criminoso desempenha?
Digo isto, com uma enorme preocupação, porque o que se passa em Portugal excede tudo o que é admissível!!!
Onde pára a dignidade dos políticos?
Onde pára a honra dos governantes?
Onde pára honestidade dos responsáveis?
Onde pára a Justiça, a nobreza de carácter e o rigor de comportamento que devia ser uma referência fundamental dos mais altos dignitários da minha pátria?
Este vídeo, que publicamos a seguir, diz-nos a que ponto vai a degradação da vida política portuguesa e não me venham com desculpas, porque quando se atinge um nível de degradação como este, não é só o Poder que está em causa.

Em causa está Portugal!!!








domingo, 18 de abril de 2010

O PROBLEMA DO VULCÃO

ATÉ AGORA JÁ FICARAM EM TERRA MAIS DE 1.OOO.OOO DE PASSAGEIROS



sábado, 17 de abril de 2010

MAIAKOVSKI

UMA REFLEXÃO PARA TODOS OS DIAS


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PEDRO BARROSO

O SEXO COMANDA A VIDA

Mais do que cantado, o sexo é recitado por Pedro Barroso, numa linguagem de rara beleza




A IGREJA E A PEDÓFILIA

Eu estava a pensar que sob pedofilia na Igreja Católica , tinha dito tudo.
Enganei-me!!!
Afinal ainda me estava reservado ouvir o numero dois do Vaticano, o importantíssimo Senhor Dom Cardeal Tarcísio Bertone ilustríssimo e categorizado príncipe da Igreja, secretário de Estado do Vaticano, afirmar:
"Demonstraram muitos sociólogos, muitos psiquiatras, que não há uma relação entre celibato e pedofilia, mas muitos outros demonstraram, e disseram-mo recentemente, que há uma relação entre homossexualidade e pedofilia".
Pronto, eu não duvido de um Cardeal, ainda por cima o número dois da hierarquia católica.
Até porque é o chefe dele que vai julgar os meus pecados quando morrer e depois, alem de já não poder ressuscitar, manda-me para o inferno.
Depois que razões teria para um Cardeal estar a mentir???

Ainda por cima tão bem informado!!!
O que me confunde, é que todos os psicólogos e sexólogos portugueses que ouvi pronunciaram-se sobre o assunto, disseram que uma coisa não tem nada a ver com a outra!!!
Todos os que ouvi e não foram poucos, tinha opinião de que pedofilia era uma tara, que podia e devia ser tratada e a homossexualidade era uma opção do ser humano.
Será que a ciência médica em Itália, é diferente de Portugal???
Não queria de maneira nenhuma pôr em dúvida a palavra do vigário de Cristo.
Mas… para ser rigoroso, na adjectivação, fui ver o significado ao Google da palavra “Vigário” e sabem qual foi a resposta que encontrei???
Vigário- s.m.(o) Padre responsável; pároco.
Conto com artimanha para induzir, enganar outros.
Sinónimos:
Pároco padre finório sabido espertalhão atilado intrujice burla tapeação .

Palavras relacionadas:
Padre pároco vigarice vigarista .

Meu Deus!!! Como são “beras” estes linguistas!!!

Vão todos para o Inferno!!!

quarta-feira, 14 de abril de 2010


UMA CAMPANHA INTELIGENTE
A ÚNICA FORMA DE LUTAR CONTRA O CARTEL
DAS GAZOLINEIRAS

terça-feira, 13 de abril de 2010


VÁRIA QUESTÕES MUITO JUSTAS!!!




JOSÉ SÓCRATES

UM PORTUGUÊS ACOSSADO

Segundo o semanário Expresso, o Libération (jornal diário francês liberal de esquerda) não saiu em Portugal, na quinta-feira 18 Março, devido a "problemas de impressão".
Por estranha coincidência (???), quem tivesse acesso a esse jornal, poderia ter lido este artigo de FRANÇOIS MUSSEAU enviado especial a Lisboa , que pela sua importância, decidi traduzir e publicá-lo neste Blogue.



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NADA ESTÁ FAVORECENDO O PRIMEIRO-MINISTRO SOCIALISTA, CUJO NOME ESTÁ ASSOCIADO A CASOS DE CORRUPÇÃO, NUM CONTEXTO DE CRISE ECONÓMICA GRAVE.

A inimizade de boa parte dos média, a crise política que se transforma em um impasse institucional, uma situação social explosiva, um desastre económico que obriga a medidas drásticas, a curto prazo ... Como se isso não bastasse, o impetuoso José Sócrates (reeleito com uma fraca votação, nas legislativas de Setembro de 2009) tem agora de enfrentar uma “Frente” no Parlamento que poderá forçá-lo a demitir-se ou apelar á família socialista para encontrar um sucessor, como chefe de governo.
Começa hoje em Lisboa uma comissão parlamentar de inquérito que, pela primeira vez desde o fim da ditadura de Salazar, envolve directamente um Primeiro-Ministro. E vai forçá-lo a aparecer fisicamente em vez de aceitar as respostas por escrito.
"Portugal é um barco bêbado, onde o capitão é o maior suspeito de toda a tripulação", referiu um colunista do canal de televisão privada SIC.
Os economistas, de todos os países europeus consideram que Portugal é certamente o elo mais fraco. Ainda mais que a Grécia, o pequeno país ibérico sofre com problemas estruturais, as exportações reduzidas, uma da dívida externa recorde e um défice público de 9,3%. Bruxelas espera de Lisboa medidas concretas para respeitar o “plano de austeridade" com o qual José Sócrates está comprometido. Mas estas medidas, que prometem ser draconianas, é preciso esperar para ver... especialmente porque José Sócrates está muito enfraquecido pelos seus problemas político-judiciais.

"Reformador". O que parece ser um caso grave de intervenção política, está relacionado com um suposto caso de intervencionismo. Durante dois meses, um grupo de deputados vai tentar fazer luz sobre o papel desempenhado por José Sócrates, na tentativa da gigantesca Portugal Telecom (controlada pelo governo socialista), comprar a televisão TVI, que era hostil ao governo.
Trata-se em suma de saber, se o líder socialista manobrou no sentido de colocar aquela estação de televisão sob seu controle.
Em Junho de 2009, perante o Parlamento, Sócrates tinha solenemente assegurado nada saber sobre tais negociações.
Se esta comissão de inquérito, que vai ouvir dezenas de testemunhas, provar que o primeiro-ministro mentiu, os dias daquele que prometeu "transformar Portugal em Profundidade" estarão contados.
“Mais do que ter sido uma parte da solução para o país, Sócrates é hoje uma parte do problema”, resume José Manuel Fernandes, antigo director do quotidiano de referência, o jornal “Público”, cuja saída é atribuída às relações tensas, com a líder socialista.
Como muitos outros críticos, Fernandes reconhece que o tonitruante Sócrates no início de seu primeiro mandato - 2005-2007 – foi um chefe de governo corajoso, que conseguiu fazer baixar um grande deficit até aos 3% (novamente hoje cerca de 10%), reformou o sistema de reformas (idade legal e tempo de prestações aumentadas), aumentou as receitas fiscais, criou 150 000 postos de trabalho, e fez uma limpeza na gestão da alta administração... «Um bom balanço, de um reformador voluntarista, que soube conter a esquerda e tranquilizar a direita», segundo o analista político Manuel Villaverde Cabral. «Ele colocou na rua um monte de gente das altas esferas, que são agora seus fiéis inimigos». Mas se José Sócrates está bastante enfraquecido, isso é derivado ao facto da sua carreira ser marcada por zonas de sombra e actividades suspeitas.
Desde os seus primeiros passos de actividade municipal na região da Beira Baixa, a leste do país, ele foi envolvido numa dezena de escândalos.
Um diploma de engenheiro obtido em condições suspeitas, licenças de construção obtidas de forma duvidosa no Município de Castelo Branco, o caso "Face oculta" (escutas telefónicas que o ligam a um inculto homem de negócios fraudulentos, que tem quase o monopólio de resíduos industriais)... Ou ainda o caso do «Freeport», uma empresa britânica que construiu um centro comercial em Alcochete, um subúrbio de Lisboa, numa área protegida por ser uma reserva natural... com a luz verde de Sócrates, então ministro do Meio Ambiente! «Na verdade, em cada um destes casos não há nenhuma prova formal», disse José Manuel Fernandes. «Mas nada é muito claro com ele».

"Jovem lobo". Enérgico e carismático, com uma ousadia que electrizou uma vida política anquilosada, José Sócrates aparece também como um líder intransigente, autoritário e irascível, cuja ambição devoradora irrita muita gente.
«O seu percurso é o de um jovem lobo, sem ideologia, oportunista, um puro produto do aparelho partidário, que subiu degrau a degrau com a cabeça fria», segundo descrição de Fernando Rosas, historiador e membro do Bloco de Esquerda. «Ele sempre teve um lado marginal. E seu excesso de autoritarismo rendeu-lhe uma imagem deplorável nos média, que não são meigos com ele».
Sócrates não se poupa a dar-lhes razões: vários jornalistas, estrelas de TV (Mário Crespo, Manuela Guedes ...) denunciaram a "censura" exercida sobre eles pelo Primeiro-Ministro.
Uma Comissão Parlamentar de Ética foi criada em Janeiro, para esclarecer esta questão.
«Um dos grandes problemas de Sócrates é que ele perdeu o apoio das elites», segundo análise de José Manuel Fernandes, antigo director do jornal “Público”. «Já não confiam nele, toda a gente tem medo de ser enganado por uma personagem tão problemática e ambígua».
Num prostíbulo político, dominado por doutores, este socialista sem um título de prestígio, é um provocador que se atreve a romper com o status quo.
Á maneira de um Sarkozy português, Sócrates é um dominador, um comunicador zeloso que criou anti-corpos no seu partido e personalizou ao extremo o exercício do poder. Outras semelhanças: ele não teme mexer na ferida, suporta mal as críticas, perde facilmente a calma e cultiva a permeabilidade entre política e negócios – ao dar sua bênção a Jorge Coelho, um dos seus mais próximos, ex-ministro Socialista para entrar no conselho de administração da gigantesca construtora Mota-Engil.

Á força de brincar com o fogo, José Sócrates encontra-se como que numa cadeira ejectável, somente seis meses após sua difícil reeleição (uma pequena maioria no Parlamento) e com a sua quota de popularidade a cair alegremente? «A priori, todos os elementos são demolidores diz Ricardo Costa, director do semanário Expresso. Felizmente para ele deputado, as circunstâncias protegem-no».
De um modo geral, o Presidente da República, Cavaco Silva, mentor do grande partido de direita (PSD), não tem interesse em convocar eleições antecipadas. Por razões de estabilidade institucional, e também porque hoje, uma votação não mudaria certamente muito a situação actual.
Até Janeiro de 2011, data para as eleições presidenciais, Sócrates não tem a sua pele em risco. A menos, claro, a comissão parlamentar de inquérito, que abre hoje, exija a sua demissão.

"Sacrifícios". Mesmo que ele permaneça no poder, todos lhe prognosticam uma autêntica “via Sacra” até o final de 2010.
Após ter concedido largos benefícios sociais, Sócrates vai ter de aplicar daqui a pouco um plano de austeridade ditado por Bruxelas através de fortes cortes nos gastos sociais (saúde, subsídio de desemprego, os subsídios, o acesso à RMI...).
«Depois de dez anos, o poder exige que os portugueses façam sacrifícios, diz Manuel Villaverde Cabral, politólogo. Eu não acredito que eles o suportem mais tempo».

José Sócrates, apanhado entre o martelo social e a bigorna financeira? «Ele está de pés e mãos atados, acrescentou José Manuel Fernandes. O modelo industrial português, velho de cinquenta anos, está moribundo, e não há nada para substitui-lo. O país só produz entre 30 e 40% do que consome. A margem de manobra de Sócrates é muito fraca»
Será que ele se vai aguentar? Ricardo Costa, Expresso, e outros observadores estão disso convencidos: «Esse cara tem mais vidas que um gato. É muito duro, muito resistente, ele sabe encaixar os golpes. Um verdadeiro animal político que sabe tirar as garras de fora, quando parece que está mais fraco ".


O original pode ser lido AQUI

domingo, 11 de abril de 2010

A TERRA E AS SUAS BELEZAS

Mais uma série de belas imagens de um Terra que corre sérios riscos.
A inconsciência dos homens, é o seu pior inimigo.


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O CONFESSIONÁRIO

A PEDÓFILIA E A CRISE DE CREDIBILIDADE

DA IGREJA CATÓLICA

A igreja tornou-se um lugar perigoso para as crianças!
A base do poder da Igreja é moral e a crise porque está a passar, é certamente a mais grave vivida pela Igreja desde sempre, na medida em que nela estão envolvidos princípios basilares e comprometida a mais alta hierarquia.
As acusações se multiplicam e os escândalos envolvem a própria credibilidade da Igreja.
Enquanto os escândalos sexuais na Igreja Católica Apostólica Romana, eram fruto da “arraia-miúda”, fazia-se uma lúbrica e cúmplice rizada.
Os textos de Alexandre Herculano, nos divertiam com relatos das histórias escabrosas dos conventos e mosteiros, que não se distinguiam de vulgares bordéis.
A vida dissoluta dos conventos e mosteiros incendiavam a nossa imaginação, em idade de despertar para as coisas do sexo.
A história da abadessa do convento do Lorvão apanhada numa radiosa “menage à quatre” com o Bispo de Coimbra, a amante e mais uma freira para completar o ramalhete, funcionava como “a cereja no cimo do bolo”.
Relatos de freiras e abadessas que recebiam nos conventos e mosteiros, os seus amantes, na maioria padres, aí tinham os filhos e os criavam.
As comunicações subterrâneas entre conventos de frades e freiras, em Lisboa, algumas das quais foram destruídas pelo terramoto de 1755, chegaram ao nosso conhecimento, quando aluno do Passos Manuel, dado correr que daquele Liceu, antigo convento de frades, partia um túnel de ligação á Faculdade de Letras, que funcionava nas instalações de um antigo convento de freiras nas traseiras igreja das Mercês.
Também me recordo, quando há uns anos se fizeram obras na Sede da Cruz Vermelha, um antigo convento que fica por cima da Rocha de Conde de Óbidos, terem-se desenterrado 300 ossadas de recém-nascidos, que ali tinham sido assassinados, para ocultarem as origens dos pecados que lhes estavam na origem.
Mais recentemente segundo o ex-padre F. Mariano Rodrigues, ficou-se a saber que se faz sexo na sacristia, no altar, nos bancos da igreja, com meninas católicas e inocentes e a masturbação no confessionário são prática corrente.
O autor, certamente sabedor do que falava, reconhecia que esta perturbação era causada pela convivência permanente com a sensualidade das suas “ovelhas” e a impossibilidade de lhes tocar, se justificava muitas vezes a prática do onanismo, (considerada pela Teologia católica como "um acto gravemente oposto à ordem), ou a sua fuga para o homossexualidade.
É irresistivelmente insuportável, saber-se que chega aos 25% os jovens seminaristas que, de forma permanente ou esporádica, se dedicam a práticas homossexuais.
Para a hierarquia da Igreja Católica, a sexualidade humana sempre foi e continua a ser uma "sobrevivência pagã", posição reiterada em 1975…..calculem,1975!!!….. pela Sagrada Congregação da Fé, quanto a questões de sexo e de castidade.
Nem a dimensão dos escândalos das Igrejas norte-americanas e Irlandesas nos casos de pedofilia denunciados há anos, chegou para alterar o seu comportamento.
Em 1996, o cardeal Joseph Ratzinger, actual papa Bento XVI, então secretário de estado do Vaticano não apurou as denúncias que foram feitas contra um padre americano que abusou de cerca de 200 crianças surdas, porque segundo consta, teria sido impedido pelo então papa João Paulo II.
Quanto á questão da pedofilia, o comprometimento do actual papa Bento XVI, que acobertou o sacerdote que as teria praticado, levou esta crise a atingir o próprio coração da Igreja Católica - o papado.
Isto lê-se em todo e qualquer jornal, ouve-se em qualquer rádio, ou vê-se na televisão.
O que nos admira, espanta mesmo, é a cerimónia com que são analisados os factos e a tentativa objectiva de branquear a situação, aliviando e tentado desculpar a enorme responsabilidade que a hierarquia tem neste caso.
A contenção das análises sobre a sexualidade na Igreja Católica, nunca permitiu que se denunciasse, até que ponto o confessionário, serve de meio manipulador e ambiente favorável a condicionar e mobilizar consciências para a prática de actos repugnantes, ou auscultar até que ponto uma ou um jovem, podem ser manipulados, naquele ambiente de total abertura espiritual ou de fragilidade emocional.
Aproveitando a experiência de vida, bem como superioridade moral e intelectual que de uma forma intuitiva é atribuída ao padre confessor, o clima de plena entrega que em consciência se faz ou deve fazer, num acto daquela natureza, nada mais fácil, nessas circunstâncias, conduzir um espírito de personalidade frágil, entrar-lhe na alma, condicionar ou pelo menos ficar conhecedor das suas fragilidades e a seu bel-prazer manipulá-las ou condicioná-las.
O confessionário foi sempre o termómetro que permitiu a hierarquia da Igreja perceber até que ponto as situações estavam sobre controlo e uma ajuda fundamental nas orientações a dar para manter a sua supremacia.
Como pano de fundo de todas estas escandaleiras, está não só a questão do celibato dos padres, como fundamentalmente os conceitos adoptados pela Igreja em tudo o que diz respeito á vivência sexual.
Quando ouvimos falar sobre a razão porque a Igreja se mantém intransigente nesta matéria, vem-nos á memória a entrevista que D.Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas, deu a Miguel Sousa Tavares em “Sinais de Fogo” e cujo comentário publicámos neste Blogue em 17 de Março passado.
Relembramos que aquele “príncipe” da Igreja, para justificar este critério seguido pela Igreja, argumentou reconhecendo que o que “ia dizer era uma enormidade” (textual): “os padres NÃO deviam casar…. para não passarem a pedófilos dos próprios filhos”.
Foi exactamente assim!!! Passavam a violar os próprios filhos!!!
Não temos hipótese de compreender uma resposta destas. Quer pela indignidade, quer pela desumanidade, tanto mais que vem de um bispo da Igreja Católica.
O homem só pode ser um tarado!!!
Continua a ser perfeitamente indiferente para nós, que a igreja queira manter a convicção artificial de quem vai para padre, deve deixar de ter pulsões sexuais e deve renunciar “voluntariamente” do ponto de vista morfológico ou orgânico, a distinguir-se do comum dos mortais, nessa matéria.
O que é irracional é considerar que a prática desse instinto natural, pelo facto de ser um padre, transforma-o automaticamente em pedófilo compulsivo, com os próprios filhos.
Não é normal, não é aceitável, ouvir um quadro superior da Igreja fazer uma avaliação desta natureza.
Para além disso, consideramos que é profundamente paradoxal, a Igreja retirar aos seus mais “convictos” e “esforçados” representantes, o direito a usar um instinto que juntamente com o da sobrevivência, são os principais motores da existência e da evolução do ser humano.
São eles que em primeira instância, glorificam o homem, como sendo a mais perfeita obra de “Deus”, feito á sua imagem, como vulgarmente é definido pela Igreja católica, ou seja ele aquilo que for.
Por outro lado, é igualmente paradoxal, que sendo exactamente esses instintos naturais, que justificam a tendência que a religião católica tem para classificar de obscena ou pecaminosa, toda a vivência que não esteja sujeita ao paradigma da reprodução e tenha criado em gerações e gerações de seres humanos, infelicidade, dramas, taras e sofrimentos incalculáveis, por obedecerem aos seus instintos naturais.
Nós próprios, temos uma experiência traumatizante enquanto jovem, porque fomos manipulados e condicionados como católico convicto e praticante.
O ritual da comunhão era precedido sempre de uma ida ao confessionário.
Pelos nossos 10/12 anitos, havia uma pergunta sacramental do padre, que na época nos criava problemas de consciência terríveis.
Ele queria sempre saber “se” e “quantas” vezes nos tínhamos masturbado.
Os conselhos e interrogações que nos faziam sobre a nossa vivência sexual, criaram-nos problemas de consciência enormes, que na altura eram levados á conta de um processo de santificação, que só seria possível atingir com total alienação do nosso instinto sexual.
O padre da freguesia onde fazíamos a nossa vivência cristã e catequese, tinha fama de santo e era desejo de todos os miúdos, pensamos nós, seguir-lhe as pegadas.
E sentíamo-nos terrivelmente culpados sempre que, fraquejando….”pecávamos”.
Vem esta reflexão final a propósito da actual denúncia que vem sendo feita á igreja e sobretudo aos seus pastores que se dedicam a explorar e a “escarafunchar” os instintos sexuais dos menores, cujos valores morais lhes caberia em primeiro lugar salvaguardar.
O fenómeno da religião, tornou-nos um ateu empedernido e é necessário dizer, que os padres não tiveram a mínima influência nesse percurso.
É um facto que sempre respeitámos e continuamos a respeitar, quem contrariamente ao que acontece connosco, vê na religião um fundamento para dar conteúdo á sua vida. É um problema que eles próprios terão de resolver!!!
Quanto a nós, a justificação que ainda existe, para admitir que há um ser superior, que se preocupa com o nosso comportamento individual, dada a dimensão da Natureza Cósmica, não faz sentido.
Que caminhamos aceleradamente, para descobrir a origem das coisas, que o homem já tem capacidade científica para influenciar negativamente a dialéctica da Natureza na Terra, é uma certeza.
Se socialmente não equilibrar essa evolução, no sentido de respeitar essa dialéctica, o homem como ser privilegiado por “Deus”, tem os dias contados.
O Sistema Capitalista com as suas exploradoras e injustas relações de produção, tem determinado um percurso da humanidade tão desconforme com as leis da natureza, que começamos a ter sérias dúvidas, que o homem ainda vá a tempo de evitar o desastre.
O poder do dinheiro, desenvolvendo a ganância e o egoísmo, deforma a lucidez dos seres humanos e colocam em risco a sua própria sobrevivência.
Da própria Igreja, senhora de fortunas incomensuráveis, manipuladora dos mercados financeiros, aliada e principal interessada na manutenção do sistema capitalista, apregoando hipocritamente a caridade, como um dos seus maiores valores, não vem a esperança de uma alteração voluntária do “status quo”, antes pelo contrário.
Faz seu inimigo principal, as forças que defendem de facto uma nova sociedade, sem exploradores nem explorados, dando uma luta sem tréguas aos que lutam pela igualdade, pela solidariedade e pela fraternidade entre os homens.
A estes paradoxal e incongruentemente, fazem deles os seus maiores inimigos.
É uma farsa trágica e um crime incomensurável que a Igreja pratica, porque só uma sociedade solidária, só uma humanidade cooperante e generosa, sem privilegiados, poderão ser antídotos para o fatal destino para que caminha a sociedade.
Não podemos nem devemos perder a noção das interdependências que as limitações da Terra nos exigem.
Não podemos nem devemos perder a noção da necessidade de uma cidadania solidária, capaz de exigir para todos, uma sociedade justa, fraterna e respeitadora os direitos e da dignidade de todos igualmente.
Não podemos nem devemos perder o conceito, de que cada ser humano tem direito a obter resposta às suas necessidades e não só àquilo que produz.
Caberia no que diz respeito á Igreja católica apostólica romana, lembrar a sua mensagem primitiva, que mais não era que o reflexo lúcido, da necessidade de criar a expectativa de um futuro luminoso para a humanidade, na busca da felicidade, através da prática da igualdade de oportunidades, para todos os seres humanos.
Pouco durou, em consequência da hierarquização dos seus responsáveis e a rápida aliança destes com os interesses financeiros das classes dominantes.
As teorias que de uma forma geral, todos os católicos aceitam sobre as características dos entes que corporizam o divino, tem sido determinantes na vida de enormes massas multitudinárias.
Cientificamente desmentidas desde Ptolomeu, passando por Copérnico, Galileu, Isaac Newton, Neils Bohr, Einstein, Hubble ou até o próprio Carl Sagan, que já considerava sermos todos “Poeira das Estrelas”, colocaram a entidade criadora num plano de tal dimensão, absolutamente insustentável pela religião, ou somente justificado pela superstição.
A actualidade dos avanços da ciência, que já vai ao limite de reconhecer estar em causa elementos teóricos da Mecânica Quântica inter-relacionados com a teoria da relatividade, ou como já é fundamentada a tese científica da existência de múltiplos Universos, tornam inaceitável o seu Gerador, ter alguma coisa a ver com as várias religiões que se praticam na Terra, ou com o homem, como expressão de uma superior dimensão mística ou intencional criação divina, para sua glória e veneração.